sábado, 29 de outubro de 2011

Sonho nosso de cada dia

Por André da Costa
Mudam se os costumes; mudam se as vontades, e com essas mudanças você acaba sendo forçado a mudar. Mudanças repentinas fazem bem para a alma e para o coração. Tudo é válido quando não se quer mais estar acostumado com o mesmo mundinho de todos os dias. Eu mesmo já parei para pensar nas tantas voltas que a minha vida deu e cheguei à conclusão de que não basta apenas sonhar, deve-se começar a realizar, colocar em prática todas as vontades que se passam ocultas em nosso coração e de uma hora para outra, deixar de lado o medo de mudar, e começar realmente a realizar.
Um sonho muitas vezes se torna impossível quando o medo é maior que a vontade de realizá-lo. Medo que se torna um empecilho na vida de um grande sonhador. E quando existem pessoas que dão contra os desejos sonhados? E quando essas pessoas são as mais próximas de você? Simples palavras ditas no silêncio de um momento, por pessoas que têm um grande significado em nossas vidas, ferem o coração e ofendem a alma. É como se tudo que vínhamos desejando e construindo ao longo da vida, seja levado por uma grande enxurrada de águas frias.
Sonhos são como nuvens, jamais tocadas, mas sempre admiradas. Às vezes transformadas em vontades alimentadas no oculto da nossa imaginação, mas vivas em nosso coração. Há momentos na vida que esses sonhos se transformam, assim como as nuvens, tomam um formato diferente e assustador. Um dia o que se quer é estar no auge de tudo, e no outro se quer estar no rodapé do nada. Mas esse “nada”, na realidade é o “tudo” em tempos de dor, e de fraqueza sentimental. Sumir, e ficar só, você e Deus. Sentir a paz que só os ventos vindos do norte em dias de chuva podem trazer.  Aquela paz, aquele alivio e aquela sensação de estar bem. Estar em paz consigo mesmo.
 Sem muita intenção, e sem muito esforço, o ser humano é definido facilmente por loucuras realizadas ao longo da vida. Sonhos bobos, sonhos bonitos, como a noiva que espera pelo seu príncipe encantado vindo num cavalo branco. Quanta idiotice, isso só acontece mesmo nos filmes, e quem sabe ainda passa pela cabeça de algumas jovens ingênuas que não desistiram desse sonho. Mulheres, quem entende a cabeça das mulheres?! Acho que nem Deus na maioria das vezes entende essa espécie de ser humano.
  Sonho meu, sonho teu, sonho nosso. Eis que existe o sonho de cada dia. Aquele que nasce a cada manhã na imaginação de cada um, e que sem duvidar de nada, um dia se realiza. Afinal, um dia não é nunca, e deve-se sonhar bem alto para chegar pelo menos na metade desse tal sonho superior. O que importa é o que interessa, e o resto não tem pressa. É chegada então a hora de colocar um ponto final em tudo. Tudo que te atrasa e te faz desistir de sonhar. É hora de colocar os neurônios para funcionar e se mexer para os sonhos realizar. A sorte não baterá na sua porta, e eu não sou o mestre dos magos para fazer tudo acontecer em um toque de mágica. Mexa-se, isso não vale só pra mim não, isso é valido para gerações futuras que um dia também sonharão e terão uma fértil imaginação.  Chega de sonhar, é hora de realizar, vamos à luta!

Nada é errado se te faz feliz

              Por André da Costa
              Em um mundo cheio de regras feitas e estilos de vida programados, até onde se pode ir, em busca da tão sonhada felicidade?
             Com tantas coisas acontecendo em tão pouco tempo, o que mais me chama a atenção são estilos prontos, regras citadas e subitamente ordenadas por uma sociedade, que nem se quer sabe o que é realmente, “felicidade”. Idéias, estas que não se formaram da noite para o dia, mas que vêm sendo formadas com bases reais, exemplos próximos de uma sociedade que tem como princípios básicos, um modo de viver individualista e regrado por estilos de vida.
            Mulheres casam-se com homens, homens casam-se com mulheres, ambos têm filhos e são felizes para sempre. Esta é a realidade defendida pela maioria da sociedade brasileira. Já nos Estados Unidos, homens casam-se com homens e mulheres podem casar-se com outras mulheres, assim como um casal normal, perante a sociedade, também podem ter filhos(porém adotivos). Este é um exemplo real, mas que veio sendo debatido durante muito tempo no território americano, e assim como no Brasil, onde pessoas ainda acreditam que para ser felizes um ser humano deve se relacionar com outro do sexo oposto, nos Estados Unidos também era assim, e acredito que ainda exista na cabeça de alguns, esta idéia.
            Com tantas opiniões formadas e influenciadas por fatos, a discriminação, quanto a opção sexual, vem sendo um tema não muito bem aceito pela sociedade em geral. Existem pessoas em meio à sociedade, com opiniões prontas, que não acreditam que um ser humano pode ser feliz se relacionando com outros, do mesmo sexo. Mas qual o motivo que leva pessoas a pensarem desta forma?! Bem, sinceramente, eu não entendo. A meu ver aquilo que “incomoda” o cidadão atualmente também é a presença da diferença, é ser, pensar, agir, vestir-se de maneira diferente dos demais. Então, a partir do momento que um individuo não se encaixa nos estereótipos impostos pela sociedade ele é discriminado, apesar de possuir as mesmas condições de cidadania que os outros. Ser mais alto ou mais baixo, gordo ou magro, pobre, rico, negro, branco, enfim, nenhum aspecto físico em geral influencia na formação do caráter, moral e ético de um cidadão. Por isso preconceito tem como definição principal ser um julgamento daquilo que ainda não se conhece.
            A felicidade vem da alma, do estado de espírito de um ser humano. Estando bem, vivendo bem, com pessoas que nos amam, isso sim é ser feliz. Independente de sexo, raça, cor, crença, o que importa é ser feliz. Como dizia Bob Marley em uma de suas frases, “Ei amigo, nada é errado se te faz feliz!”. A sociedade deve parar de achar que existe um estilo certo, uma maneira correta usada, para ser feliz ou para viver bem. A felicidade vem com tudo aquilo que te faz bem, independente do que seja, o importante é viver, não ligando para as indiferenças que nos rodeiam, porque a real felicidade, somos nós mesmos que fizemos. 

Um verdadeiro Quebra-cabeça

Por André da Costa

            Dominar a arte de montar quebra cabeças, realmente esse dom nem todos têm. Ainda mais quando se fala em quebra cabeças de peças miúdas e com mais de 3 mil peças. Aí sim que realmente se quebra mesmo a cabeça para montar o tal jogo antigo, mas que ainda gera fiéis seguidores e adeptos ao costume desse peculiar desafio mundo afora.
                Acha fácil pegar um joguinho de quebra cabeça de poucas peças, e de tamanho grande e montar? Mas eu queria ver você pegar e montar um quebra cabeça de 3 mil peças e de miúdas partes. Realmente se assustaria e perderia a paciência já nas primeiras peças manuseadas.
              Pode acreditar, ainda existem pessoas que fazem do jogo, um passa tempo divertido e prazeroso. É o caso de Raquel Baldisera Corá, uma craque montadora de quebra cabeças de 33 anos de idade. Auxiliar administrativo, dona de casa e mãe, ela ainda acha tempo para se dedicar ao seu hobby predileto, montar quebra cabeças. Conta Raquel, que: “Adquiri o gosto por essa peculiar atividade, quando era ainda criança. Adorava montar e desmontar quebra cabeças que ganhava de meus pais e de minhas professoras na escola”, relata ela que não tinha muitos quebra cabeças, e de tanto montar e desmontar, pegou gosto pela coisa.
                O tempo foi passando, e Raquel perdeu o costume de montar quebra cabeças. Depois de ter sua própria residência, resolveu voltar a se dedicar a esse estranho e curioso hobby de montar quebra cabeças. “Comecei montando um de mil peças. Sempre que chegava do trabalho cansada, pegava e ia para um cantinho que tivera preparado em minha casa, e ali ficava horas e horas entretida com as maravilhosas e calmantes peças de quebra cabeça”, fala Raquel. Não estando satisfeita em ver o quebra cabeça montado, e com pena de desmontá-lo novamente, Raquel teve a brilhante ideia de emoldurá-lo, e assim seguir montando quebra cabeças, e expondo em sua casa. Conta ela que: “Muitos dos quebra cabeças que já montei, ao longo dos 33 anos de minha vida, dei de presente para pessoas queridas. E os demais, tenho todos pendurados nas paredes de minha residência”.
                Segundo Raquel, ela considera a arte de montar quebra cabeças, um hobby, e não deixa de ser uma terapia em dias estressantes de trabalho. “Quando estou envolvida com os meus quebra cabeças, esqueço do mundo, dos problemas, e me dedico de corpo e alma as minhas peças”, ressalta ela. Raquel conta que já montou ao longo desses vários anos de vicio, 3 vezes um quebra cabeça de mil peças, duas vezes um de duas mil peças, uma vez um de três  mil, e fala que agora esta se dedicando a um jogo de cinco mil peçinhas. Realmente a arte de montar, e a arte da paciência, Raquel domina de olhos fechados. “Meu objetivo agora, assim que terminar esse que estou montando de cinco mil peças, é de iniciar um de oito mil peças. Será um desafio, mas acredito que não demorará muito para que eu cumpra mais essa meta entre as tantas que já fiz”, comenta Raquel com orgulho.
                Não é mole não, montar quebra cabeças, exige um forte equilíbrio mental e uma agilidade imprescindível também. Isso não é para qualquer um não. Não basta ter vontade de montar, têm que ter o dom de dominar a calma, e de controlar a ansiedade. E como pode-se ver, Raquel domina muito bem todas essas áreas. E sem muito esforço faz um belo trabalho, que não deixa de ser considerado obras de arte montadas por uma mulher dedicada e emoldurada por pessoas competentes. Um quadro feito de quebra cabeça, certamente é uma arte sem explicação, não pelo feito de quem desenhou a imagem a ser montada, mas sim pelas mão mágica de quem tem o dom e a paciência de montar quebra cabeças de diversos tamanhos e formatos.