sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Prato que se Come Frio

    Por André da Costa

    Como um boomerang, tudo que vai volta. Realmente essa comparação é realista o bastante para fazer pessoas acreditarem que a vingança é o melhor caminho para se alcançar o controle de uma determinada situação. Mal sabem as pessoas que a vingança é um prato que se come frio, muito frio por sinal. Um coração pode amar, desapegar, ter necessidades de carinho, de afeto, mas nunca a audácia de fazer outro sofrer por vingança.
  

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Importância de se importar

Por André da Costa


Em busca de algo novo, de algo que pudesse completar. Procurando em lugares ocultos, o que apenas uma pessoa pôde lhe dar. Aquele amor platônico e às vezes até doentio que um dia alguém pôde julgar, hoje retornou com tanta força que até os leigos demoraram a acreditar. O medo que antes vinha apenas para amedrontar, não se consolidou com a mesma velocidade que os dias vieram a passar. Num piscar de olhos, num simples olhar se viu o quanto era importante a importância de amar.
Vontades ocultas e alheias a quem nunca teve a capacidade de interpretar. Nascidos entre dois seres capazes de se apaixonar, o sentimento um dia era certo que iria voltar. Escondido de toda verdade, a dúvida era algo que assombrava o desejo de se relacionar. Falar novamente sobre algo que um dia viera a ser real, realmente assustava aquele que já não se importava por não se importar. A vida já era seguida, sem olhar para o passado, mas existia alguma coisa que ainda lhe chamava e não o deixava continuar.
      A vida costumava-se basear em conceitos. Em vontades, necessidades, minuciosamente vindas do coração. Vontade de amar, de se relacionar, de estar perto do que realmente importava na vida. O futuro não lhe obedecia, mas o destino se encarregava de trazer o que por meio de atitudes vieram adquirindo como merecimento.
      Não sabendo no que isso iria novamente lhe levar, resolveu recomeçar. Sem olhar para as regalias do passado, um novo começo se deu depois de uma breve necessidade de se expressar, transmitido entre dois corações um único desejo de amar. Entregando tudo nas mãos de Deus, os dois seguiram vivendo como podiam, acreditando que o sentimento era maior que o arrependimento, e que o orgulho que um dia já fizera ambos sofrer, hoje ficou esquecido no tempo, em um passado que só lembrava-se dos bons momentos que juntos puderam levar. A vida segue, e apenas com o tempo saberão no que isso tudo poderá resultar.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Entender? Pra que mesmo?

Por Mª Eduarda Chitolina
Tudo começou com um simples encontro, foi ficando sério, e de repente estávamos tão ligados que ninguém podia compreender tanto sentimento assim. Era muito complexo para quem estava ao redor entender. Foi tão forte que nem mesmo nós entendemos, fizemos daquilo um alicerce. Fizemos um do outro um apoio, uma sustentação, mas quando menos esperávamos, vimos que era de mais, começamos a não nos entender mais, aquele gostar foi ficando para depois, dando lugar a solidão e ao vazio. Nada mais preenchia, então decidimos dar um tempo. Então decidimos seguir, seguir para onde? E por quê?
A única coisa que eu queria era estar junto a ele nas conquistas, nos finais de semana. Enfim o tempo passou, e fui vivendo, em meu mundinho à espera de algum sinal ou algo parecido. Então ele veio, resolvemos nos dar uma nova chance. E numa bela noite, estraguei tudo. Coloquei os amigos em primeiro lugar, sendo que minha felicidade era estar junto a ele. O que foi que eu fiz? Confesso, perdi meu chão, àquela hora nada mais fazia sentido. Bom que por si só, havia apenas loucura mas mesmo assim continuei a seguir, mesmo destruída, devastada por dentro, o ser humano tem costume de fazer isso e é o único a compreender o que só o coração ou o cérebro faz.

     Saber que todo filme tem o final feliz, o meu não teve absolutamente nada disso. Na verdade foi um inferno, procurei nas festas, nos bares o que só ele preenchia e fui ficando, não aguentava mais isso, essa vida não era para mim. Vida, só ele poderá mudar, só ele entende a loucura que é a nossa vida. Então acreditei que o meu Deus tinha guardado alguma coisa boa. Algo que saberemos aproveitar, sem remorso, sem arrependimentos e principalmente sem medo. Agora nada mais importa do que a nossa felicidade, que se danem os outros, eles são apenas seres infelizes e incapazes de admitir a felicidade alheia. Agora poderemos ser um só. Pois o tempo provou quem é quem, e mostrou que uma história pode ser complicada aos olhos de quem a lê, mas não aos olhos do Divino. AMÉM!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Venha e deixe apenas que o tempo dure

Por André da Costa    

   Quando não vejo a vida com as mesmas cores do passado, percebo que tudo mudou. As escolhas foram feitas, as cartas postas na mesa, mas nada é como se pensa e nada acontece por um simples acaso da vida. E sim, pela vontade de Deus.
    Quando sentimentos já não são mais os mesmos e o coração nem sabe se quer pulsar direito, é hora de rever os conceitos. Tentar algo novo, ou voltar para as lembranças que se tinha de um passado que ainda não se foi por completo, dentro de dois corações cansados de procurar um ser perfeito.
    O leve pulsar de uma alma aflita e derrotada pelo tempo percebe o quanto abusou de sentimentos alheios e de vontades frustradas. Momentos eternos que ficaram gravados apenas na memória de quem um dia permitiu-se ser feliz, mesmo que foi por pouco tempo, mas que não perdeu a essência de viver pensando em dias melhores.
    Agora quem sabe seja tarde, mas nada se perde tudo se transforma. Sentimentos passados voltam, tarde talvez, mas nunca tarde demais para tentar novamente. O medo de esperar o retorno de um coração, e as palavras repetidas, mas sinceras de outro, fazem com que a vida seja mais preto e branco do que o normal.
    Mesmo rejeitando e negando pra eu mesmo, ainda cinto bem lá dentro, escondido até do meu próprio coração, aquele amor que um dia eu soube dar. Sem negar e sem arriscar, tentei e por desmerecimento e fraqueza própria, não soube agüentar. Mas deixe que o tempo dure, deixe que o tempo cure, e se você ainda está disposta a recomeçar me dê um sinal, mais uma vez e deixe que o beijo dure, deixe que o tempo cure, deixe que a alma tenha a mesma idade que a idade do céu.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Prendendo-se a liberdade

    Por Betina Milanesi Prestes
     “A nossa liberdade é o que nos prende”. Ao ler esse trecho de uma música, me faz pensar em um sentido oposto ao que a letra em si representa. Ela me faz despertar um sentimento bem diferente, porém comum para o momento em que me encontro, de euforia por liberdade.
Quando somos jovens, o nosso maior sonho é sair de casa, almejando aquela tão sonhada independência. Entrar na faculdade, sair daquela cidade pequena e entediante, conhecer pessoas novas, e o melhor, não ter mais seus pais por perto para lhe dizer o que pode, e o que não pode ser feito. É realmente o maior sonho na vida de qualquer adolescente de 17, 18 anos. Aos nossos olhos essa nova etapa é surpreendente e encantadora, mas esqueceram de nos dizer como pode ser um tanto quanto complicada.
“Na vida, nem tudo são flores” e aí que a tão esperada liberdade, passa a ser o começo de um grande problema. Estar longe dos chatos, caretas e velhos dos seus pais, nos fazem lembrar o quanto à presença deles é importante em cada dia da sua vida. Sentir-se “preso” e controlado o tempo todo, não é mais um grande problema. Agora que a frase começa a fazer sentido, se sentir livre demais, nos prende a liberdade, e nos faz perceber o quanto aquele colo, abraço, e um simples boa noite eram confortantes. O quanto a espera por essa mudança, faz pouco sentido depois que ela acontece.
Mas as mudanças são inevitáveis. Sair de casa, passar pela fase da liberdade, do desespero, faz parte dessa viagem louca e alucinante que é a vida. É preciso se sentir livre e preso ao mesmo tempo, triste e alegre, para saber realmente o valor e a simplicidade das coisas em quanto ainda as temos por perto. O que poucos sabem é que liberdade, nem sempre é sinônimo de felicidade, e sim, de saudade.