sábado, 29 de outubro de 2011

Nada é errado se te faz feliz

              Por André da Costa
              Em um mundo cheio de regras feitas e estilos de vida programados, até onde se pode ir, em busca da tão sonhada felicidade?
             Com tantas coisas acontecendo em tão pouco tempo, o que mais me chama a atenção são estilos prontos, regras citadas e subitamente ordenadas por uma sociedade, que nem se quer sabe o que é realmente, “felicidade”. Idéias, estas que não se formaram da noite para o dia, mas que vêm sendo formadas com bases reais, exemplos próximos de uma sociedade que tem como princípios básicos, um modo de viver individualista e regrado por estilos de vida.
            Mulheres casam-se com homens, homens casam-se com mulheres, ambos têm filhos e são felizes para sempre. Esta é a realidade defendida pela maioria da sociedade brasileira. Já nos Estados Unidos, homens casam-se com homens e mulheres podem casar-se com outras mulheres, assim como um casal normal, perante a sociedade, também podem ter filhos(porém adotivos). Este é um exemplo real, mas que veio sendo debatido durante muito tempo no território americano, e assim como no Brasil, onde pessoas ainda acreditam que para ser felizes um ser humano deve se relacionar com outro do sexo oposto, nos Estados Unidos também era assim, e acredito que ainda exista na cabeça de alguns, esta idéia.
            Com tantas opiniões formadas e influenciadas por fatos, a discriminação, quanto a opção sexual, vem sendo um tema não muito bem aceito pela sociedade em geral. Existem pessoas em meio à sociedade, com opiniões prontas, que não acreditam que um ser humano pode ser feliz se relacionando com outros, do mesmo sexo. Mas qual o motivo que leva pessoas a pensarem desta forma?! Bem, sinceramente, eu não entendo. A meu ver aquilo que “incomoda” o cidadão atualmente também é a presença da diferença, é ser, pensar, agir, vestir-se de maneira diferente dos demais. Então, a partir do momento que um individuo não se encaixa nos estereótipos impostos pela sociedade ele é discriminado, apesar de possuir as mesmas condições de cidadania que os outros. Ser mais alto ou mais baixo, gordo ou magro, pobre, rico, negro, branco, enfim, nenhum aspecto físico em geral influencia na formação do caráter, moral e ético de um cidadão. Por isso preconceito tem como definição principal ser um julgamento daquilo que ainda não se conhece.
            A felicidade vem da alma, do estado de espírito de um ser humano. Estando bem, vivendo bem, com pessoas que nos amam, isso sim é ser feliz. Independente de sexo, raça, cor, crença, o que importa é ser feliz. Como dizia Bob Marley em uma de suas frases, “Ei amigo, nada é errado se te faz feliz!”. A sociedade deve parar de achar que existe um estilo certo, uma maneira correta usada, para ser feliz ou para viver bem. A felicidade vem com tudo aquilo que te faz bem, independente do que seja, o importante é viver, não ligando para as indiferenças que nos rodeiam, porque a real felicidade, somos nós mesmos que fizemos. 

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