sábado, 29 de outubro de 2011

Um verdadeiro Quebra-cabeça

Por André da Costa

            Dominar a arte de montar quebra cabeças, realmente esse dom nem todos têm. Ainda mais quando se fala em quebra cabeças de peças miúdas e com mais de 3 mil peças. Aí sim que realmente se quebra mesmo a cabeça para montar o tal jogo antigo, mas que ainda gera fiéis seguidores e adeptos ao costume desse peculiar desafio mundo afora.
                Acha fácil pegar um joguinho de quebra cabeça de poucas peças, e de tamanho grande e montar? Mas eu queria ver você pegar e montar um quebra cabeça de 3 mil peças e de miúdas partes. Realmente se assustaria e perderia a paciência já nas primeiras peças manuseadas.
              Pode acreditar, ainda existem pessoas que fazem do jogo, um passa tempo divertido e prazeroso. É o caso de Raquel Baldisera Corá, uma craque montadora de quebra cabeças de 33 anos de idade. Auxiliar administrativo, dona de casa e mãe, ela ainda acha tempo para se dedicar ao seu hobby predileto, montar quebra cabeças. Conta Raquel, que: “Adquiri o gosto por essa peculiar atividade, quando era ainda criança. Adorava montar e desmontar quebra cabeças que ganhava de meus pais e de minhas professoras na escola”, relata ela que não tinha muitos quebra cabeças, e de tanto montar e desmontar, pegou gosto pela coisa.
                O tempo foi passando, e Raquel perdeu o costume de montar quebra cabeças. Depois de ter sua própria residência, resolveu voltar a se dedicar a esse estranho e curioso hobby de montar quebra cabeças. “Comecei montando um de mil peças. Sempre que chegava do trabalho cansada, pegava e ia para um cantinho que tivera preparado em minha casa, e ali ficava horas e horas entretida com as maravilhosas e calmantes peças de quebra cabeça”, fala Raquel. Não estando satisfeita em ver o quebra cabeça montado, e com pena de desmontá-lo novamente, Raquel teve a brilhante ideia de emoldurá-lo, e assim seguir montando quebra cabeças, e expondo em sua casa. Conta ela que: “Muitos dos quebra cabeças que já montei, ao longo dos 33 anos de minha vida, dei de presente para pessoas queridas. E os demais, tenho todos pendurados nas paredes de minha residência”.
                Segundo Raquel, ela considera a arte de montar quebra cabeças, um hobby, e não deixa de ser uma terapia em dias estressantes de trabalho. “Quando estou envolvida com os meus quebra cabeças, esqueço do mundo, dos problemas, e me dedico de corpo e alma as minhas peças”, ressalta ela. Raquel conta que já montou ao longo desses vários anos de vicio, 3 vezes um quebra cabeça de mil peças, duas vezes um de duas mil peças, uma vez um de três  mil, e fala que agora esta se dedicando a um jogo de cinco mil peçinhas. Realmente a arte de montar, e a arte da paciência, Raquel domina de olhos fechados. “Meu objetivo agora, assim que terminar esse que estou montando de cinco mil peças, é de iniciar um de oito mil peças. Será um desafio, mas acredito que não demorará muito para que eu cumpra mais essa meta entre as tantas que já fiz”, comenta Raquel com orgulho.
                Não é mole não, montar quebra cabeças, exige um forte equilíbrio mental e uma agilidade imprescindível também. Isso não é para qualquer um não. Não basta ter vontade de montar, têm que ter o dom de dominar a calma, e de controlar a ansiedade. E como pode-se ver, Raquel domina muito bem todas essas áreas. E sem muito esforço faz um belo trabalho, que não deixa de ser considerado obras de arte montadas por uma mulher dedicada e emoldurada por pessoas competentes. Um quadro feito de quebra cabeça, certamente é uma arte sem explicação, não pelo feito de quem desenhou a imagem a ser montada, mas sim pelas mão mágica de quem tem o dom e a paciência de montar quebra cabeças de diversos tamanhos e formatos.

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